domingo, 23 de novembro de 2008

Ninth Stage: A Ordem do Julgamento

Mais um Save Point aparece em sua jornada! Demorei pois neste post irei incluir um review dos últimos jogos da série: Order of Ecclesia, para o Nintendo DS, e Judgement, para o Wii. No post que vem (dessa vez é definitivo!), escreverei meus comentários finais sobre a série, músicas favoritas e tudo mais.

Mas primeiramente, vamos a notícias gerais.
Não se preocupem, não são muitas.

Foi anunciado nessa semana, para o 360 e o PS3 o jogo Wanted: Weapons of Fate, baseado no filme homônimo, baseado na comic homônima de Mark Miller. O jogo será um third-person-shooter bem genérico. Por que chamou minha atenção, você pergunta? Porque embora pareça genérico, tem tudo o que um bom TPS tem (Bullet Time, sistema de cover, opção de deslizar por mesas e etc. como em Stranglehold) além de uma adição bem inovadora: A de direcionar suas balas com curvas absurdas, como os personagens de Wanted fazem. Parece que será um jogo bem divertido, assista o gameplay e tire suas próprias conclusões.
Wanted: Weapons of Fate Gameplay

Por último, nesse mês foi lançado um jogo bem interessante: Left 4 Dead. Uma mistura de Resident com o engine de Half-Life, é basicamente um Survival Horror FPS focado no multiplayer. O jogo foi feito para ser jogado com 4 pessoas, e parece bem interessante e desafiador. Dêem uma olhada no vídeo.
Left 4 Dead Montage

Agora sem mais enrolação, pois este post vai ficar longo. Ecclesia e Judgement, é com vocês.

~ REVIEWS ~
Uma mistura de inovações e voltas às origens. É isso que Ecclesia representa para a série Castlevania. O novo e segundo Castlevania protagonizado por uma mulher traz um sistema de equipamentos novo e retrocede na série ao apresentar-se dividido por estágios lineares, sem muita exploração, embora continue no caminho dos "Metroid-vanias", já que o castelo está como nos jogos mais recentes da franquia: Grande, com muitos chefes dentro e milhares de salas para se explorar. Ecclesia basicamente une os Castlevanias antigos aos novos e adiciona uma pitada de originalidade com seu sistema de Glyph. Comecemos explicando-o.
Shanoa, como uma boa dama, não equipa armas. Como seus colegas protagonistas, ela pode trocar sua armadura, acessórios, botas e chapéus, mas ao invés de armas, Shanoa equipa Glyphs. Glyphs são basicamente a essência mágica de ataques. Portanto, ao invés de equipar uma espada, Shanoa equipa o glyph Secare, que contém a essência dos ataques com espada, permitindo que ela conjure uma espada mágica e ataque seus inimigos.
Eu sei, parece que não mudou nada, mas acreditem, mudou. Shanoa pode equipar até 3 glyphs, sendo dois em seus braços e um em suas costas. Ela gasta MP para usar cada um deles, ou seja, se você atacar continuamente, uma hora vai ter que parar para esperar seu MP se recuperar. Ela também possui o maior arsenal de ataques mágicos de qualquer Castlevania, e utiliza todo tipo de arma, de arcos a machados. O sistema de glyphs fez o novo Castlevania ser um jogo mais estratégico: você não pode atacar todos os inimigos com os mesmos glyphs, e todos os monstros tem suas fraquezas específicas. Para não fazer o jogador ter a necessidade de apertar start toda hora para trocar seus glyphs, logo no início do jogo você pega um item que lhe permite trocar rapidamente entre 3 sets de glyphs que você mesmo monta. Foi uma adição muito interessante na série que provavelmente só se repetirá se Shanoa for a protagonista de outro Castlevania.
O jogo agora possui um mapa da Transilvânia, pelo qual você escolhe seu destino. Shanoa começa em uma pequena vila, da qual todos os moradores foram raptados. Aos poucos ela os resgata e descobre o que aconteceu com eles. Estes moradores ajudam Shanoa de várias formas: um é um cozinheiro, outro é um mercador. Eles pedem a Shanoa todo tipo de ajuda, e conforme você cumpre as quests oferecidas por eles, consegue vários tipos de recompensa. As fases são pequenas e lineares, mas você pode voltar nelas o quanto quiser para investigar passagens secretas (que são poucas) ou matar um certo inimigo até conseguir o seu glyph.
No fim das contas, Ecclesia é um ótimo Castlevania. Ele consegue voltar as origens inovando, tornando-se um jogo completamente original e novo. Além destas mudanças, houve a mudança estética no design dos personagens, não mais desenhados no estilo anime dos outros jogos de DS. Agora as artworks se assemelham a pinturas, e são muito bem feitas. O jogo também é um dos Castlevanias mais difíceis, então oferecem um prato cheio para os gamers que buscam desafios, além de um fator replay mediano com dificuldades aumentadas e com a opção de jogar o jogo com o personagem Albus após completá-lo.
E como uma revelação final, um plot twist, um spoiler e uma frase de fim de review, eu digo isso a vocês, pasmem, meus leitores:

EM ORDER OF ECCLESIA O DRÁCULA ANDA!

Castlevania: Order of Ecclesia Trailer

Desde o logotipo já dá pra perceber: Castlevania Judgement quer fazer uma revolução. Ou quase isso. Lançado para o Wii em 18 de novembro, Judgement foi a forma que o IGA achou para não ter que submeter os jogadores a horas de balançar o controle enquanto andam pelo castelo, ou a não se aproveitar dos controles do Wii para fazer um jogo. Um jogo de luta, com personagens de vários títulos da série e uma boa desculpa para eles estarem reunídos. No fim das contas, Judgement faz mais do que isso. Contando com Takeshi Obata, o desenhista de Death Note, como designer de personagens, Judgement reinventa vários personagens da série, tanto em aparência quanto em motivações. Simon Belmont, por exemplo, desta vez sente-se um perdedor por achar que depende do Vampire Killer para ser um guerreiro. Sypha por outro lado, acha que pode justificar qualquer uma de suas ações pelo fato de suas irmãs bruxas serem perseguidas pela igreja. Sim, os personagens estão com personalidades razoavelmente genéricas, mas para os fãs de anime, e recém conhecedores de Castlevania, a mudança pode ser boa.
Para os gamers hardcore não.
O que é preciso manter na cabeça ao se jogar Castlevania Judgement é que o jogo não é o sonho de realização de todos os fãs da série. Longe disso. É um ótimo jogo de luta, bem divertido e original, que tenta além de ser divertido, atrair novos jogadores para a série. Ao contrário da maioria dos jogos de luta, em Judgement você tem livre movimento pelo cenário. Cada cenário tem vários tipos de armadilhas e objetos que podem ser usados à seu favor, ou contra. Cada personagem tem também seus ataques e combos específicos, e suas técnicas especiais exclusivas. Embora não seja difícil executar seus combos, já que eles são feitos simplesmente por alternar o tipo de ataque que você está utilizando, fraco, forte ou item, é dificil acertar seus inimigos no momento certo, já que o movimento pelo cenário é livre. O jogo é bem original, traz além do modo Arcade um modo história, fazendo com que talvez o jogo seja considerado Canon na saga de Castlevania, e um modo "Castelo", que assemelha-se muito ao Weapon Master de Soul Calibur. Você tem que passar por várias salas (lutas), executando o que é pedido como objetivo. Além de abrir novos personagens, artworks e músicas, você também adquire acessórios para customizar seus personagens (como óculos escuros para Simon virar um playboy de vez).
Apesar de o design de personagens ser capaz de desmotivar fãs da série, eu recomendo que todos dêem uma chance a Judgement. O jogo é incrívelmente divertido, tem um ótimo fator replay e uma trilha sonora impecável, composta de remixes de músicas clássicas da série. Como diria Simon Belmont: "Come, and see the power of legend!"
Ou não, caso você não goste.

Trailer final de Castlevania Judgement